sábado, 21 de novembro de 2009

MODELO DE GESTÃO PARA O ENSINO SUPERIOR

MODELO DE GESTÃO NO ENSINO SUPERIOR



Atualmente na esfera do Ensino Superior, inúmeras discussões se voltam para questão do modelo de gestão existente nas universidades e faculdades seja rede pública ou privada. Essas discussões almejam uma qualidade educacional e em alguns casos até financeiros. Daí a necessidade de se conhecer os modelos que oscilam no IES. Privilegiando a gestão democrática participativa e o técnico – cientifico, devido outros modelos menos favorecido, faz-se necessário conceituar primeiramente cada um deles.
Na concepção democrático-participativa, os profissionais que trabalham na instituição precisam desenvolver e pôr em prática as competências profissionais específicas para participar das práticas de gestão. Para Ferreira (1999), o ato de participar significa estar inserido nos processos sociais de forma efetiva e coletiva, opinando e decidindo sobre planejamento e execução Isso ocorre quando a gestão escolar mobiliza meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização, envolvendo basicamente, os aspectos gerenciais e técnicos administrativos.
Acredita-se, pois que, a gestão é uma tarefa desafiadora que deve ser exercida com democracia. Nas instituições, os atores devem possuir habilidades para diagnosticar forças e ameaças, propondo soluções assertivas às causas geradoras de conflitos nas equipes de trabalho, ter habilidades e competências para a escolha de ferramentas necessária a uma melhor administração, promovendo ganhos de qualidade e a produtividade profissional.
O modelo técnico-científico ou científico-racional visa somente à estrutura organizacional, atua numa visão piramidal, tradicional e funcional. A qualidade educacional não é vista por todos, apenas por grupo de interesses. A organização funciona sem a inserção de todos os grupos envolvidos nos processos e m especial nas tomadas de decisões. E esse modelo de gestão afeta diretamente os clientes, devido os valores freqüentemente desdobrados em métodos e técnicas de administração e gestão. Assim, os objetivos ou metas são traduzidos pelos níveis hierárquicos e centralizadores superiores da burocracia em critérios racionais de execução para os docentes e outros atores, e os processos de decisão se desenvolvem segundo o modelo racional de resolução de problemas.
Neste contexto, pode se afirmar que a gestão democrática é a melhor forma de se atingir os objetivos educacionais. Tendo em vista à formação para a “maior satisfação individual e melhor convivência social” possíveis, entende-se que todos os atores envolvidos com o processo educacional devem com ele implicar-se. A participação neste caso é a expressão que melhor traduz o que chamamos por gestão democrática. Ora, a participação deve ocorrer em todas as instâncias de decisão de uma instituição. Não se pode deixar de lado a qualidade da educação. Nesse sentido, verifica-se a existência de vários contextos educativos, considerando as diferenças entre uma e outra instituição, as peculiaridades de cada uma em função da forma como se dá o agrupamento.
. No mundo competitivo de novas nuanças políticas que acompanham o processo de globalização, exercendo influência direta no sistema educacional os mercados podem se constituir na competição de instituições de ensino superior passando a ser tratadas como um empreendimento, muitas vezes em detrimento do seu objetivo mais comum. À universidade resta o compromisso de gerar o saber, aliado a pesquisa cientifica como fonte de saber. A compreensão da dinâmica do processo de mudanças dentro do IES mostrarem os caminhos possíveis para diminuir as barreiras impostas, pois atribui um maior domínio da situação pelo conhecimento do todo.
Enfim, a universidade deve atender à demanda por mudanças votando-se a um modelo que privilegie uma gestão democrática e participativa de forma a atingir os diferentes grupos que estão envolvidos numa luta simbólica para juntos definirem o mundo comungando de acordo com os seus interesses. Essa força simbólica dissolvera a expressão arbitrária da realidade social, o dominante que tenta defender o monopólio e excluir o concorrente (BOURDIEU, 1983). A gestão no IES deve buscar a participação coletiva e o envolvimento de pessoas, que não só coloquem idéias, mas, que influenciem nos rumos da instituição de forma interna e externa. Pela sua função de produção e disseminação do conhecimento, deve sempre analisar o complexo de transformações, procurando adaptar-se através da formação de profissionais, da realização de pesquisas e de sua interação com a sociedade, intervindo nos vários aspectos desse processo, avaliando-o e sugerindo caminhos alternativos.



Maria de Nazaré Souza Nascimento.

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