sábado, 21 de novembro de 2009

MODELO DE GESTÃO PARA O ENSINO SUPERIOR

MODELO DE GESTÃO NO ENSINO SUPERIOR


Na contemporaneidade o termo gestão é muito discutido em vários âmbitos da sociedade. Em se tratando de gestão da educação muito são as óticas existentes. Alguns pesquisadores referem-se à gestão administrativa de uma instituição e outros aos processos pedagógicos e administrativos. Apropriando-se dos conhecimentos de Bordignon e Gracindo (2001), a literatura educacional utiliza os termos Gestão da Educação e Administração da Educação ora como sinônimos, ora como termos distintos. O termo gestão, às vezes, é utilizado como sendo um processo dentro da ação administrativa; algumas vezes é apresentado como sendo a intenção de politizar a ação administrativa; outras vezes, ainda, aparece com a conotação de prática Gestão do ensino superior (IES).
Ainda tratando-se de gestão, Nóbrega (2004 apud BRAGA; MONTEIRO, 2005), afirma ser um processo pragmático, no qual o que interessa é o resultado e não o esforço. A ciência da gestão tem tudo a ver com o aprendizado, ou seja, é uma ciência de aprender as circunstâncias e agir de acordo com elas. Partindo desse conceito, faz-se necessário conhecer os modelos de gestão que trilham o IES. De acordo com Lima (1999) um modelo de gestão normalmente é definido como: uma forma ideal, uma forma de estruturação, um conjunto articulado de preceitos legais, uma hierarquia, um conjunto estruturado de princípios e regras, uma forma de alcançar a eficácia e a maximização dos recursos.
A literatura apresenta vários modelos de gestão, porém convêm destacar dois que são mais utilizados no IES, a gestão democrática participativa e o técnico - cientifico. Em se tratando da gestão democrática participativa, Libâneo (2005), diz que a participação é fundamental por garantir a gestão democrática da escola, pois é assim que todos os envolvidos no processo educacional da instituição estarão presentes, tanto nas decisões e construções de propostas (planos, programas, projetos, ações, eventos) como no processo de implementação, acompanhamento e avaliação.
Assim, percebe-se como a gestão está relacionada com a tomada de decisões. Já a gestão técnica cientifica segundo Vitor Paro (2001) e Libâneo (2005) afirmam que nesse modelo, existem os técnico-formuladores das políticas que detinham o conhecimento e que, portanto, traçavam os caminhos, as metas e as estratégias que a escola deveria seguir para assegurar a boa condução do trabalho pedagógico, garantindo, assim, a efetivação de uma educação qualidade.
Considerando esses modelos de gestão, acredita-se que para o IES há ainda um grande a ser desafio a ser contido. Em geral as instituições mesclam esses modelos, embora teoricamente se digam democrática participativa, mesmo ancorada pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em dezembro de 1996. Essa negação à política federal prejudica a qualidade educacional, perdendo de vista a administração geral, a administração acadêmica e a integração social causando a falta de comprometimento com às necessidades do clientes. Segundo Tachizawa (2006), a qualidade deve ser entendida como um processo de gestão em estreita interação com a gestão estratégica da IES.
A instituição moldada na gestão técnico-científica (também chamado como científico-racional) prevalece à estrutura organizacional, visando atingir seus objetivos. Suas características baseiam-se na realidade como um todo estruturado e advogam a neutralidade da relação ente sujeito e objeto do conhecimento (LIBÂNEO, 2005), contrariando a proposta democrática. Neste caso, é preciso aprimorar sempre seus produtos, serviços e processos, e também adaptar sua estrutura organizacional à realidade de constantes incertezas, que podem representar ameaças ou oportunidades da instituição.
Contudo superar as fraquezas e ameaças que rondam o IES é uma questão de honra para todos os atores do processo educacional. E é nessa perspectiva que a gestão escolar pode contribuir valorizando a formação de lideranças, motivação, o desenvolvimento de novos conhecimentos, habilidades e atitude fundamentada em concepções e não mais em modelos (LIBÂNEO, 2005). Cabe ao IES ser uma instância crítica, com espaço para que todos possam ter participação garantida. Contribuir para a inclusão social, comprometendo-se explicitamente a favor da ecologia, de uma sociedade menos desigual, contra a violência, o racismo e a exploração.




Helena Maria Silva de Nazareth



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