sábado, 12 de dezembro de 2009

SANTOS, Boaventura de Souza. A Universidade no século XXI: Para uma reforma democrática e emancipatória da Universidade. São Paulo: Cortez, 2005.

O presente texto aborda em síntese, o processo conjuntural das universidades nos últimos tempos, abrindo um leque de discussões, sobre os entraves que contribuíram para o lento avanço de uma universidade mais emancipatória e democrática em nosso país, em linhas gerais, podemos citar algumas transformações no sistema de ensino superior e as conseqüências destes na universidade pública, é o que cita Santos (2004), ao mencionar os princípios básicos de uma reforma democrática de ensino, no qual destacamos três aspectos citado pelo mesmo,ocorrido nos últimos dez anos: A crise da Hegemonia pela crescente descaracterização intelectual de uma universidade; A crise da legitimidade, pela crescente segmentação do sistema universitário.
Notoriamente, a crise institucional foi fatal para a universidade e deve-se a diversos fatores entre eles podemos destacar o pouco investimento na educação. Apesar das crises, o mercado transnacional da educação superior e universitária é transformado num vasto campo de valorização do capitalismo educacional. Os diferentes níveis de mercadorização da universidade consistem em estimular pública e superar a crise financeira, com base na geração de receitas próprias, formarem parcerias com o capital industrial, assim como também a universidade pública mostra a sua liberdade e sua identidade institucional, privatizando parte dos serviços que presta. O segundo nível consiste em eliminar preliminarmente a distinção entre universidade pública e universidade privada, elevando as mesmas num conjunto de propostas da gestão universitária com planos de estudo, de formação de docentes e avaliação de estudantes.
Visivelmente, a crise das universidades públicas torna-se um fenômeno global, embora as conseqüências variem por localização geográfica de cada país, diferenciando as mesmas em alguns paises centrais da Europa. A partir de 1997 a UNESCO reconhece a crise financeira das universidades públicas e que as mesmas atingem altas proporções, no âmbito estrutural de programas, equipamentos e de pessoal docente mal remunerado, a situação ficou visivelmente diagnosticada também pelo Banco Mundial, impondo assim medidas que os paises africanos permitissem que o mercado global resolvesse o problema da Universidade. Esta resolução teve por sua vez um efeito devastador nos paises africanos. No caso do Brasil, em 2002, houve o mesmo entrave do banco Mundial na liberação de recursos, onde o mesmo estimula o aumento dos recursos públicos nas universidades, a partir da ampliação do mercado universitário.
A evolução de uma universidade mais renovadora, com várias inovações tecnológicas poderá melhorar a mão de obra qualificada de futuros profissionais das empresas em expansão. Com o avanço e expansão da globalização na educação, O referencial técnico-científico da educação superior a partir da década de noventa passa por transformações impactantes, relacionada à concorrência de mercado das universidades públicas, sendo obrigada a perder um pouco a liberdade acadêmica e buscar condições para se adaptarem às exigências da economia do estado. No mesmo processo a universidade passou a ser uma instituição, não por à cidadania, mas por regra, do consumo com fins lucrativos. O direito a educação sofreu uma grande ruptura e enfraquecimento, com a eliminação da gratuitidade do ensino universitário e a substituição de bolsas de estudo por enpréstimos, foram os instrumentos da transformação dos estudantes de cidadãos em consumidores.
As idéias que mostram à expansão futura do mercado educacional são essencialmente que vivemos em um mundo globalizado, em uma sociedade que emerge por informações e conhecimento cada vez mais eficazes, percebemos, assim que a velocidade de informações são essências à competitividade econômica, as tecnologias de informações contribuem essencialmente para a educação. Entende-se que os recursos que são repassados para a educação são muito grandes, no entanto percebe-se que não há investimento maciço para que possamos ter uma educação de qualidade, onde a educação possa abranger à todos. Neste contexto fica claro que a educação ainda é privilégio de poucos, devido a falta de investimento em massa nas universidades.
Vale ressaltar que a economia baseia-se no conhecimento, pois atinge cada vez mais pessoas qualificadas capaz de criar. Portanto é de fundamental importância que haja nas universidades investimentos aplicados para um ensino de qualidade, justo e aberto para que os mesmos possam estar inseridos no mundo globalizado. Fica claro que as universidades públicas estão privatizando alguns serviços como método de ultrapassar uma crise financeira, e isto identifica o quanto fica difícil para o indivíduo entrar e concluir um curso superior em uma universidade. Compreende-se que o governo dispõe de muitos recursos para instituições privadas, com juros baixos provocando a retirada da oportunidade de criar universidades públicas. De acordo com autor, a maior parte dos países ainda não assumiram compromissos com a educação, entregando à países estrangeiros esta tarefa.
Sabemos que no mundo globalizado faz-se necessário enfrentar o novo como oportunidade de mudanças contextualizada e social do conhecimento, pois as mudanças são irresistíveis e a universidade deve estar receptiva para tais mudanças tendo propostas inovadoras com professores aptos à trabalharem de forma reflexiva e com metodologias atreladas a práticas cotidianas de seus alunos e contexto vivencial mas o que se vivência é uma mal adaptação das instituições devido a crise financeira e justamente a falta de flexibilidade.
Segundo o autor as Instituição devem lutar pela definição de universidade defendido com fervor, pois no século XXI exige a formação graduada e pós-graduada, pesquisa e extensão, porém no contexto atual muitas instituições não puderam sustentar-se devido a falta de investimento.
Atualmente o Brasil vem se destacando, no investimento de ação de políticas públicas, graças a atuação e pressões dos movimentos sociais pela democratização do ensino superior, podemos identificar Prouni que ao se basear em critérios raciais, entende-se que esta política é uma forma de compensar uma educação de má qualidade que o ensino público oferece. Sabe-se que a educação precisa de mais investimentos para que estas políticas possam atingir a todos e não á um pequeno grupo.
Portanto a universidade é o espaço onde o estudante tem o papel fundamental de estar colocando suas idéias e reivindicando seus direitos como ser crítico e atuante na sociedade, e a mesma têm o papel importante podendo estar fortalecendo determinados grupos sociais dentro da universidade.
Alunas: Rosana, Nazaré, Helena, Carla e Daniely

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